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Hans Lippershey (1570-1619), alemão, fabricante de lentes, foi o primeiro a registrar um projeto de luneta, tornando este invento disponível para uso geral em 1608. Antes dele, já se conhecia o vidro (descoberto por volta de 3500 a. C) e a sua propriedade de ampliar as imagens. Os gregos também já conheciam os espelhos e tinham noções sobre o fenômeno da refração, que foi estudado pelo Monge Franciscano Roger Bacon, anos mais tarde. Por isso, acredita-se que antes de Lippershey outras lunetas já haviam sido construídas, porém não foram registradas.

 

Em 1609, Galileu Galilei (1564-1642), cientista italiano, teve conhecimento desta invenção e sabendo como era constituída (duas lentes em um tubo), logo a aprimorou e construiu uma capaz de aumentar três vezes o tamanho aparente de um objeto. Depois construiu outras ainda mais potentes, com ampliação de até 30 vezes.

 

O mês de Janeiro de 1604 ficou para a história da astronomia, como a data em que, através dela, o célebre sábio de Florença descobriu as quatro mais importantes  luas de Júpiter , Europa, Ganimedes e Calisto, por ordem de proximidade ao planeta.

 

 Luneta Astronômica. 

A Luneta astronômica é um instrumento de aproximação que se utiliza de duas lentes dispostas coaxialmente: a objetiva e a ocular. A objetiva tem distância focal da ordem de metros, enquanto na ocular a distância focal é da ordem dos centímetros.
De um objeto real, distante, a objetiva produz uma imagem real i1 situada no foco imagem da objetiva. Essa imagem comporta-se como objeto para a ocular, que funciona como lupa, produzindo uma imagem final i2 virtual e invertida em relação ao objeto.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Esquema para a determinação da imagem formada pela luneta astronômica.

Por volta 1680, Isaac Newton desenvolveu o telescópio refletor, a fim de resolver os problemas das aberrações cromáticas dos refratores de sua época. No lugar de uma lente para captar a luz, Newton usou um espelho de metal curvo (espelho primário) para captar essa luz e refleti-la para o foco.

O espelho côncavo produz, de um objeto distante, uma imagem situada em seu foco. Essa imagem comporta-se como objeto virtual com relação a um espelho plano, que por sua vez fornece uma imagem real para a lente ocular, que funciona como lupa. Um dos telescópios mais famosos do mundo é o telescópio Hubble, que possui uma objetiva de 2,40 metros de diâmetro, e está em órbita a uma distância de 600 km da superfície da Terra.

 

A luneta equatorial de 21cm, hoje sob guarda do museu, foi adquirida em 1910 da Casa Gustav Heyde, Alemanha, para equipar o Observatório Nacional, no Morro do Castelo. Em 1922, essa luneta foi transferida para a nova sede do Observatório Nacional, no Morro São Januário, em São Cristóvão, onde se encontra até hoje.

Entre 1968 e 1970, o Observatório Nacional participou do programa Apollo, responsável pela ida do homem à Lua, na observação de fenômeno de curta duração de luminescência na superfície lunar. A observação era feita durante a noite toda, em grupos, e a Luneta Equatorial de 21cm foi um dos instrumentos utilizados. Se fosse notado algum tipo de luminescência na superfície da lua, enquanto os astronautas estavam lá, era comunicado à Embaixada Americana, que transmitia à Nasa. Esse foi um tipo de programa mundial de observação dos fenômenos da Lua. Além disso, esse instrumento foi utilizado na observação da passagem de estrelas pelo plano meridiano, com o objetivo de determinar a hora média no Rio de Janeiro. Com esse instrumento, o astrônomo media a duração do movimento de rotação da Terra. Hoje esse instrumento está disponível para o atendimento ao público. A facilidade em manuseá-lo, por ser uma luneta menor do que as outras duas de mesma tipologia existentes no campus, faz com que ele seja muito procurado pelos visitantes do museu. Com a ajuda desta luneta é possível ver o céu bem mais próximo de nós!

 

Devido ao centenário da Independência e a visita do presidente Epitácio Pessoa, o diretor do Imperial Observatório, Henrique Morize, resolveu transferir às pressas a luneta para o Morro São Januário. A luneta acabou sendo instalada em uma cúpula grande demais, pois fora projetada para outra luneta bem maior, o telescópio refrator Henry de 33 cm, que seria usado para fazer a Carta do Céu. Essa grande luneta nunca chegou a ser instalada. As peças que restaram dela foram uma lente objetiva e o micrômetro. 

Luneta Astronômica

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